quinta-feira, 8 de julho de 2010

Depois que Ele sondou.


Diferentemente do que muita gente pensa, ser feliz ou infeliz é uma questão de atitude. Felicidade é ideal difícil de definir. Podemos nos sentir felizes com pouco, ou altamente infelizes apesar de nada faltar. Não tem nada a ver com posse material, embora algumas pessoas possam pensar que sim.
Felicidade se constrói, no caminho do conhecimento. E não sem muita insistência. É feliz quem consegue descobrir seu desejo, seus sonhos, suas falhas – e corrigi-las – quando nos encontramos em Jesus, nos percebendo inseridos nEle pelo amor de Deus, raça eleita, nação santa, quem consegue sustentar seu caminhar tendo em foco a vontade dEle, apesar das demandas dos outros e das pressões contrárias, e maneja bem o que vai dentro de si, para salvaguardar aquilo que lhe é mais particular e precioso.
Sendo assim, felicidade é conseguir ter a atitude de estar sempre na escuta do que sente o nosso coração guiado pela voz do Espírito, praticando a fidelidade – não ao outro mas a si, e ao Senhor . Vivo repetindo não há outra formula de felicidade. Falando assim, parece fácil. É e não é.
Há pessoas que se comprazem no sofrimento, gostam de cultivar esse estado de humor amargo. Sofrer faz mal a saúde, marca a fisionomia, contamina a atmosfera daqueles que nos cercam. Como é desagradável viver sem humor, sem leveza e sem o
savoir de vie, essencial para manter o cotidiano com satisfação.
É preciso atenção a pequenos detalhes sutis para que não acabemos fisgados pelos mal-humorados que nos cercam; (e também não sendo) negativistas, murmuradores, derrotistas, arrogantes, ególatras, julgadores, mentirosos, caluniadores e porque não lembrar de gente complicada, que acha tudo difícil, reclama, xinga, não tem paciência, não suporta frustração, não assume responsabilidade e tanto o mais.
Algo não anda bem com as pessoas que vivem assim, prontas para explodir a todo o tempo como se faltasse apenas uma gota para derramar.
Nem sempre essas pessoas param para perguntar ao Senhor o que há de errado ou o que está ocorrendo, não olham para dentro, não analisam o que esta em torno.
Preferem não saber e seguir.
O filosofo francês Jean-Paul Sartre acreditava que o nosso inferno são os outros. Explica baseado na nossa queda original, tendo em vista a existência do outro; quando ele entra no mundo de nossa consciência, modifica a experiência. O centro não se localiza em nós, e nos vemos como parte de um projeto que não é nosso, nem nos pertence. O outro me paralisa e, quando estava ausente, eu era livre.
Compreendo que nosso inferno não são os outros, mas, nos mesmos que escolhemos trilhando o caminho mais largo, não conseguimos abandonar a tendência a agir de acordo com aquilo que agradará ao outro, e não ao Senhor, conquistando assim o reconhecimento de quem pode falhar, abandonar, cair.. Colocando a condição da nossa felicidade nas mãos erradas, temos medo e preferimos viver à sombra do aplauso do outro.
A independência absoluta da vontade boa, perfeita e agradável é impossível e perigosa. Enquanto crianças, éramos totalmente dependentes, ficávamos no lugar em que nos colocavam. Depois de adulto, é preciso encarar o ângulo diferente que o livre arbítrio nos dá, podemos fazer nossas escolhas e decidir pautar nossa vida naquilo que a bíblia ensina, no amor do Aba Pai.
Quem continua se mantendo na mesma posição obedecendo ao outro, temendo perder a importância ou ser mal visto, continua subjugado e sem chance de contentamento.
Nunca seremos independentes do outro, porque o nosso próprio desejo se configurou a partir do desejo desse aplauso. Mesmo assim, podemos romper com o que imaginamos que ele espera de nós. Isso torna a vida mais leve e nos faz mais confiantes por sairmos da escravidão imposta, e passarmos para a liberdade de vida onde Cristo governa tudo!
Talvez essa seja a única cura possível para os que, certamente, estão nesse estado por não conseguirem fazer o que desejam e sequer sabem sobre o que deseja o Senhor pras suas vidas. Perdidos, perdem tempo correndo atrás dos quereres passageiros. Proponho irmos ao; Sonda-nos ó Deus e ensina-nos o caminho sobremodo excelente.

obs: texto de Camila Verçosa. Depois que Ele sondou.
http://camilavercosa.blogspot.com/

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